Contoterapia é a arte de se criar contos para diminuir o estresse … e mais … escreve-se um livro de contos curtos, e assim, com o desabafo de nossas histórias, diminuímos a ansiedade.
Plínio Camillo é escrevinheiro, escritor e professor. Ele me mandou um convite para participar de um curso de contos curtos … e no final, teríamos nosso livro editado – Escangalhar. Achei interessante, então fiz minha inscrição.
Escrever contos como terapia
A proposta do Plínio está longe de ser uma terapia. Mas e isso que Plínio faz. Pois, foi intensamente terapêutico escrever causos. Abrandou minha alma.
Imagine depois de um longo dia no escritório, entre computadores, telefone e planilhas … e no final da tarde passar por um portal que lhe joga no mundo dos contos.
A inspiração vem do cotidiano, das histórias de família, de vivências, enfim, da imaginação … uma ideia vai chutando a outra, até que alguma se sobrepõe e vira um conto. Enfim, é como começar a desenhar em palavras as letras que borbulham no cérebro.
Escrevinhando Plínio Camillo
Sagitariano, Plínio é formado em Letras pela USP. É escritor e escrivinhador de contos. Ele nos instiga a escrevinhar e nos provoca a juntar palavras. E, quando menos esperamos, já escrevemos contos curtos ou microcontos, com suspense e clímax, com um desatar final que nos leva ao riso ou à reflexão.
Complicado … possivelmente! Mas, antes dele falar o que é contar, 20 minutos após o início do curso, surge o primeiro conto curto de cada um … temos vergonha de ler. Estamos inseguros. O que vão pensar!
… mas enfim, um tempo depois, todos querem ler os seus causos. E com exemplos e provocação, nossas histórias ganham sentido … livro. Eu desacreditava. Mas lá estava meu conto. Já na primeira oficina.
No último grupo que Plínio formou – seis alunos – construíram seu livro – Escangalhar – lançado pela Editora Kazuá.
Obras, blogs e coletâneas de Plínio
- O Namorado do papai ronca
- Coração Peludo
- Bombons Sortidos
- Outras Vozes
- Abigail
- DesContos de Fadas
- PRIMEIRAMENTE
Provocações de Plínio Camillo
“Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia.” – Leon Tolstoi
Minha oficina tem a clara intenção de provocar uma nova informação para os participantes
Propiciar que eles abocanhem seus seus caminhares.
Acelerem as reflexões de seus andares.
Que acotovelem seus conceitos.
Que apaziguem seus preconceitos
Que fomente suas reflexões.
“Não há nada para escrever. Tudo que você precisa fazer é se sentar em frente de sua máquina de escrever e sangrar.” – Ernest Hemingway
Fato é que em alguns momentos, os participantes saem mexidos, redescobertos, reescritos e aliviados.
Porém tema tratado é a escrita.
A sua escrita.
A escrita de cada um.
O ato de escrever
“Devemos escrever para nós mesmos, é assim que podemos chegar aos outros.” – Eugène Ionesco
Sou um escrevinhador
Aquele que lembra…
Aquele que fez…
Aquele que finge …
Aquele que provoca…
“Escrever a própria essência é contá-la toda, o bem e o mal. Tal faço eu a medida que me vai lembrando e convindo a construção ou reconstrução de mim mesmo.” – Machado de Assis
Um resultado dos encontros é a coletânea dos contos “ESCANGALHAR” que será lançada
– em 15 de novembro de 2017, das 16h às 20h
– no Espaço Kazuá – Rua Ana Cintra, 26 – Campos Elísios – São Paulo – Capital
Contatos para oficinas, workshops e palestras
Telefone: 11 9-9627-9640
Email: contos.oficina@uol.com.br
Contoterapia no mundo
A contoterapia é realidade na Europa. Pois, em 2017, a Vila de Sintra em Portugal recebeu o III Seminário Internacional sobre Contos e Storytelling.